Comecei a investir aos 43: Como tracei um plano para me aposentar aos 60
Aos 43 anos, olhei pro meu extrato e pensei: “Isso aqui não vai me levar pra lugar nenhum.” Tinha uma carreira estável, uma certa tranquilidade, mas uma dúvida martelava: Será que vou conseguir parar de trabalhar um dia sem depender do INSS? Foi aí que resolvi virar a chave. Comecei a estudar investimentos e tracei um plano de 17 anos. E sabe o quê? Não era tarde demais. Nunca é — desde que você comece direito.

Neste artigo, compartilho como estruturei minha jornada rumo à aposentadoria inteligente, o que funcionou (e o que não), e um passo a passo pra você começar hoje — com os pés no chão e os olhos no futuro.
1. O Primeiro Passo: Encarar a Realidade (sem drama, mas com seriedade)
A maturidade traz uma vantagem: a gente para de acreditar em promessas mágicas. Quando sentei pra olhar meus números, percebi que eu não estava “falido”, mas estava “desprotegido”. Nada de reserva de emergência, nenhum plano de aposentadoria complementar, e uma montanha-russa emocional com o salário do mês.
A pergunta que me fiz — e que recomendo que você também faça:
“Se eu parasse de trabalhar hoje, por quanto tempo meu padrão de vida se sustentaria?”
Spoiler: a resposta me assustou. Mas foi esse susto que me tirou da inércia.
2. Comecei pelo Básico: Reserva de Emergência
Antes de qualquer investimento mirabolante, montei uma reserva de 6 meses em Tesouro Selic. Nada empolgante, mas era como construir um alicerce: se a vida balança (e ela sempre balança), essa reserva segura o tranco.
Dica prática:
Se você está começando, seu primeiro “investimento” é aprender a dizer não ao consumo impulsivo. Reserve um valor fixo todo mês. Pode começar com 5%. O importante é ganhar o hábito.
3. Depois, Construí um Plano de Longo Prazo (com metas realistas)
Aos 43, eu não tinha o privilégio do tempo, mas tinha outra coisa: disciplina e constância.
Meu plano seguiu 3 pilares:
- Segurança: Tesouro IPCA+ com vencimentos longos (para preservar poder de compra)
- Renda: Fundos Imobiliários com foco em dividendos
- Crescimento: Ações de empresas sólidas, com visão de longo prazo
Simulador usado:
Usei um simulador de aposentadoria para calcular quanto precisaria investir por mês para alcançar um valor que me desse uma renda passiva aos 60.
4. O Rebalanceamento: a arte de ajustar o leme sem mudar o destino
A cada 6 meses, reviso minha carteira. Não é para “adivinhar o mercado”, mas para manter o plano nos trilhos. Às vezes, aporto mais em FII, às vezes no Tesouro. O importante é seguir firme na estratégia.
“Quem não tem tempo pra revisar o plano, vai ter que arrumar tempo pra lidar com a frustração.”
5. Resultados (e o que eu faria diferente)
Hoje, aos 46, já tenho uma carteira que gera R$ 1.200/mês de renda passiva. Parece pouco? Pode ser. Mas esse valor dobra em 7 anos com os juros compostos e reinvestimentos. E o melhor: a tranquilidade que isso me dá não tem preço.
Se eu voltasse no tempo, eu:
- Teria começado com mais agressividade no início
- Teria buscado um mentor antes de tentar aprender tudo sozinho
- Teria investido em conhecimento com a mesma seriedade com que pago meu plano de saúde
Conclusão: Nunca é Tarde, Desde que Você Comece Agora
Se você passou dos 40 e sente que está atrás da corrida, calma: você não está sozinho — e não está perdido. Com foco, consistência e um plano sólido, é possível construir um futuro digno, sem depender do governo ou da sorte.
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